sábado, 25 de agosto de 2012

AAAHHHH !



É isso aí, dá vontade de berrar, de surtar....

Deu na Internet: 

A fulana nasceu mulher, fez cirurgia, migrou para o sexo masculino mas é gay, casou-se com um homem, teve um filho e o amamenta!
Pergunta que não quer calar: não era mais fácil deixar tudo como estava?
Por essas e outras é que eu tenho o maior respeito pelo meu cachorro.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Meu Aniversário


O melhor do calendário é o dia do meu aniversário.
O lado bom da história é não precisar mais comer do enorme bolo de chocolate que minha madrinha trazia todos os anos.
Quando a data se aproximava, era uma alegria só. Eu nem dormia direito na véspera. 
O presente mais esperado era do meu padrinho, sem dúvida. 
As amigas da minha mãe me davam roupa, roupa. Roupa não é presente. Roupa é roupa! 
Ficava como um manequim de vitrine, sem poder brincar para não sujar a roupa nova, esperando que aparecesse o maior número possível de pessoas para devorarem o bolo de chocolate da madrinha.
O bolo era cortado, pontualmente, às seis da tarde. Eu nunca soube o motivo. 
A mesa era posta sobre a melhor toalha, melhores pratos e copos e bem no centro, um prato de vidro todo decorado aguardava a chegada do bolo. 
Minha mãe fazia bombocados, brigadeiros e comprava guaraná. Eu me sentava à mesa sozinha e ficava admirando aquela paisagem deliciosa, torcendo para que a madrinha esquecesse o bolo.
A cada toque da campainha saia correndo para atender a porta e eis que um deles anunciava a madrinha, escondida atrás do pacote. Era o bolo...
Apagavam-se as luzes e o padrinho iniciava a cantoria do "parabéns a você".
Quando minha mãe me dava o primeiro pedaço de bolo começava o martírio. A primeira garfada era na cobertura e o que vinha depois não dava pra comer. 
Enquanto todos repetiam com os olhos fechados e caras de muita satisfação, eu desejava uma varinha de condão para fazer desaparecer o bolo com prato e tudo.
O sabor e o cheiro eram terríveis. Eu sabia que nem todo chocolate era ruim daquele jeito, o Sonho de Valsa e o Diamente Negro eram tão gostosos!
Que raio a madrinha colocava naquele bolo?
Anos depois, na adolescência, numa festa de casamento, experimentei a mesma sensação e não me contive. Perguntei os ingredientes do bolo e descobri o nome do vilão, repudiado pelo meu paladar na infância. Rum era o nome da coisa
Finalmente, eu soube quem era o entrão em todas as minhas festas e que fazia do dia mais lindo do calendário, o dia do "meu adversário".