quinta-feira, 25 de abril de 2013

Lei da Compensação





Morar no bairro do Botujuru, em Mogi das Cruzes,
não é a 7ª maravilha do mundo.
Nem a 6ª, nem a 1ª.

O consolo é a lei da compensação.

Foi daquí que eu pude ver uma lua maravilhosa,
como há muito não via.


A saga do Tupperware


Uma amiga perguntou se eu coleciono embalagem vazia de margarina. Eu disse que não, que adotei essa embalagem pra substituir os 'tupperware oneway', aqueles lindos e caros, que não voltam mais depois que eu empresto.

Falei sobre o tupperware mais estiloso que eu já tive, que foi pra casa da cunhada com um pedaço de bolo e eu nunca mais vi.

A cunhada vinha me visitar uma vez por semana eu sempre lembrava do tupperware. - 'Ah! Que cabeça a minha, deixei em cima da mesa pra trazer e... acabei esquecendo'. 

Um  dia eu passei na casa dela e aproveitei a oportunidade pra pegar a vasilha. A mãe da cunhada havia levado, com uma porção de dobradinha. Pensei no tupperware todo engordurado, fedendo a bucho, e disse que ela podia ficar com ele.

Entendeu, agora, o porque dos potinhos de margarina? 

Se bem que eu tenho uma vizinha que devolve... todos. 

Alzheimer também é cultura


Tenho 59 anos e notei, recentemente, que tenho ressuscitado alguns termos das catacumbas do meu vocabulário.
Dia desses eu soltei um "mixô o carbureto", que fez um amigo duvidar da minha sanidade.
Hoje, foi a vez do "morgando".
Qualquer dia desses estarei falando grego ou latim.
Se bem que, eu já andava preocupada com a minha memória, ou com a falta dela.
Estava num estágio em que não me lembrava do que havia comido no almoço nem da sobremesa predileta quando criança. 
Não sei se isso é um bom sinal...
Saber que o Alzheimer provoca um resgate do que está armazenado no cérebro, melhor do que ficar treinando a memória, é fazer as pazes com o passado.
Pois ele virá com a magnitude de um tsunami.