quinta-feira, 25 de abril de 2013

Alzheimer também é cultura


Tenho 59 anos e notei, recentemente, que tenho ressuscitado alguns termos das catacumbas do meu vocabulário.
Dia desses eu soltei um "mixô o carbureto", que fez um amigo duvidar da minha sanidade.
Hoje, foi a vez do "morgando".
Qualquer dia desses estarei falando grego ou latim.
Se bem que, eu já andava preocupada com a minha memória, ou com a falta dela.
Estava num estágio em que não me lembrava do que havia comido no almoço nem da sobremesa predileta quando criança. 
Não sei se isso é um bom sinal...
Saber que o Alzheimer provoca um resgate do que está armazenado no cérebro, melhor do que ficar treinando a memória, é fazer as pazes com o passado.
Pois ele virá com a magnitude de um tsunami.

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