O Roberto Shinyashiki escreveu a
"Terapia do Abraço" e eu fiz algumas constatações, ao longo de
anos, abraçando e sendo abraçada por gente muito chata.
Pior do que "beijo no coração",
são alguns abraços.
Você dá um abraço no fulano e ele se
esquece do tempo, ensaboando as suas
costas, o pescoço, e você fica com cara de paisagem-fim-de-tarde, esperando o
banho acabar.
Ou é o abraço desengasga, esse
faz você correr o risco de engolir o dente que acabou de implantar.
Tem o mezzo abraço/mezzo beijo,
o sicrano não sabe se te abraça, se te beija, se te junta, se te cata e você...
menos ainda.
O abraço e o vento levou é
o pior deles; você está lá... distraído, de repente vem o cara com tudo e te
abraça por trás.
Quem dá o abraço clinch,
geralmente, é um fulano grandão e sarado; desse, ninguém consegue se
desvencilhar e paga o maior mico, com o cara atarracado.
O abraço quadrilha junina é
muito chato. O beltrano não fica de frente para você, ele passa o braço nas
suas costas, na altura da cintura, e fica de ladinho - cutucando o seu baço (ou
o seu fígado).
E o último, é o mais tradicional de todos
os abraços chatos: é o o-quê-que-eu-faço-agora? o fulano debruça
no seu ombro, aperta, funga no seu cangote, amassa os peitos, encosta a perna
na sua e.... não te larga mais.
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